História

Localizada no município de Guarantã-SP, a Fazenda Santa Maria teve início com o sr. Bento de Abreu Sampaio Vidal na década de 1920. Natural de Campinas, o então proprietário foi deputado estadual e fundou a cidade de Marília, que fica a 45 quilômetros da fazenda. Devido ao destaque que teve na região, ainda hoje a propriedade é conhecida como "Santa Maria do Abreu".

Na segunda metade da década de 1920, o sr. Bento de Abreu transferiu suas propriedades para seus filhos, cabendo a Fazenda Santa Maria ao sr. Paulo de Abreu Sampaio Vidal, cujas iniciais ainda encontram-se gravadas no prédio que abriga a tulha e a máquina de benefício de café.

Anos mais tarde, o sr. Paulo de Abreu vendeu a fazenda para seu sobrinho, o sr. José Francisco Malta, neto do sr. Bento de Abreu. O sr. Malta administrou a fazenda ao longo da vida com destacado esmero.

Em 2013, a fazenda foi adquirida pelo sr. Luiz Alberto Guimarães Alvim. Atualmente, a família Alvim administra a propriedade, com o auxílio de algumas famílias de funcionários que já trabalhavam com a família Malta há muitos anos.

Na propriedade sempre se cultivou café, lavoura tradicional na região, conhecida como “região da Paulista”, em alusão à ferrovia da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, construída na mesma época que ocorreu a expansão dos cafezais pelo Estado de São Paulo.

Dos primeiros plantios de café dos senhores Bento e Paulo de Abreu, feitos com meeiros e colonos, não restou nenhum pé. Isso porque a grande geada de 1975 e o surgimento e avanço de nematoides no solo (praga que ataca a raiz do cafeeiro), ao longo das décadas de 1980 e 1990, obrigaram a renovação do cafezal.

O sr. José Francisco Malta reformou parte do cafezal com plantios alinhados, preparados para mecanização, e usou enxertia, técnica que utiliza raiz resistente a nematoides. A família Alvim deu sequência ao plantio moderno do cafezal, buscando elevação de produtividade, redução de custos e incremento de qualidade.

Atualmente, a propriedade conta com 130 hectares (ha) de café. As variedades plantadas são Mundo Novo, Obatã, Ouro Verde, Icatu, Catucaí e IBC 125, todas desenvolvidas pelo Instituo Agronômico de Campinas (IAC).

O cultivo se dá a pleno sol e sem irrigação. Usa-se a adubação orgânica, a fertilização química e o manejo de capim na linha de plantio. Essas técnicas aumentam a produtividade e qualidade do café, bem como contribuem com a conservação do solo e dos recursos naturais.

Produção e colheita

Atualmente, a propriedade tem mais de 300 acres de café, empregando cerca de 15 trabalhadores e mais 10 a 15 extras durante a temporada de colheita. Os campos são cultivados a pleno sol, sem irrigação, processados pelo método natural com secagem mista (ao sol e em secadores mecânicos).

As variedades plantadas são Novo Mundo, Obatã, Ouro Verde, Icatu, Catuaí e IBC 125, todas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico (IAC) em Campinas, estado de São Paulo.

O café é colhido praticamente todo de forma mecanizada, por meio de colhedora que retira os frutos do pé. Os grãos que caem no chão são recolhidos com outra máquina, passam por lavagem com água, para a retirada de terra, folhas e galhos. O café coletado do chão, ainda que perfeitamente apto ao consumo, tem qualidade inferior aos grãos colhidos das árvores. Por isso, o processamento dos dois é feito separadamente e os lotes não se misturam.

Há ainda a colheita manual, que ocorre nos talhões em formação. Trata-se de um manejo para não danificar as plantas jovens.

Após a colheita, o café é submetido à secagem ao sol no terreiro e em secadores mecânicos. As técnicas de secagem demandam conhecimento e prática adequada, que são essenciais para atingir um produto de boa qualidade.

Na próxima etapa, os grãos descansam em uma tulha de madeira para homogeneizar a umidade do café. Nessa fase, formam-se os lotes, divididos por variedade, que depois seguem para o beneficiamento, no qual os grãos são descascados e separados de impurezas.

Neste momento está pronto o café verde, que é armazenado em grandes bags para futura comercialização.

A qualidade do café que se percebe em seu sabor e aroma é resultado da combinação de diversos fatores, dentre eles o manejo adequado, que é prioridade na Fazenda Santa Maria.

Outros pontos determinantes são as variedades plantadas e o local onde são cultivadas. Guarantã está situado na região de Garça, um dos polos de destaque de produção de café do Estado de São Paulo, com altitude média de 650 metros, temperatura anual que varia de 17° a 29°C e potencial hídrico, com a nascente de duas bacias hidrográficas – do Rio do Peixe e do Rio Aguapeí ou Feio.

Por tudo isso, o café produzido na Santa Maria é considerado um café fino que agrada os diversos tipos de paladar. Ele apresenta dulçor acentuado, acidez cítrica suave, corpo intenso, sabor duradouro, evoca notas de chocolate amargo, nozes e ainda de frutas amarelas e melaço.

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History

During the XIX and XX Century coffee and railroads expanded together. It was so relevant that coffee plantation regions were named after the railroads that passed by them. The railroad of Paulista Railways Company formed the region of Marília. Therefore it was, and still is known as Paulista Region.

Santa Maria Farm’s first owner was Mr. Bento de Abreu Sampaio Vidal. Born in Campinas (São Paulo State) he became State Deputy and founder of the city of Marília. ​Bento de Abreu was a highly regarded person for the region, even nowadays, neighboring residents know the property by the alias "Santa Maria do Abreu" in reference to its first owner.

In the second half of the 1920s, Bento de Abreu had already transferred his estates as an inheritance to his descendants. Santa Maria Farm felt upon Paulo de Abreu Sampaio Vidal (whose initials can be found engraved on the property that houses the granary and coffee-sorting machine). Jose Francisco Malta, Mr. Abreu ́s grandson, bought the property and managed the farm throughout his life with outstanding​ ​care.

In the year of 2013, Mr. Luiz Alberto Guimarães Alvim acquired Santa Maria farm. Currently the Alvim family runs the property with the collaboration​ ​of​ ​some​ ​families​ ​of​ ​employees​ ​who have been working there for many years, since the Malta​ ​Family.

The first map of the property dates back to 1924, and in the building for the storage and the benefit of coffee we can find the end of construction date, 1928. The houses of the farm colony follow the architecture of the railroad employees ́ houses. It is undoubtedly one of the oldest properties in the region, bearing in itself traces of the technological evolution of coffee production, the transition from manual labor and large colonies to​ ​mechanization.

Although the prop​erty have always produced coffee, today no coffee trees remain from the first crops of Bento and Paulo de Abreu, cultivated with sharecroppers and settlers. The great frost of 1975 and the emergence and infestation of root-knot-nematodes in the soil (pest that attacks the root of coffee plants) throughout the 1980s and 1990s forced the renewal of the coffee plantations. Francisco Malta renewed part of the coffee trees in aligned plantations, adequate for mechanization, with use of grafting for resistance to nematodes. The Alvim family followed the modern planting of the coffee, seeking productivity increase, reduction​ ​of​ ​costs​ ​and​ ​higher​ ​quality.

Production​ ​and​ ​postharvest

Currently the property has more than 300 acres of coffee, employing around 15 workers and more extra 10 to 15 during the harvest season. Fields are cultivated in full sun, without irrigation, ​processed by natural method​ ​with​ ​mixed​ ​drying​ ​(in​ ​the​ ​sun​ ​and​ ​in​ ​mechanical​ ​dryers).

The varieties planted are ​Novo Mundo​, ​Obatã​, ​Ouro Verde​, ​Icatu​, ​Catuaí and ​IBC 125​, all developed by the​ ​Agronomic​ ​Institute​ ​(IAC)​ ​in​ ​Campinas,​ ​São​ ​Paulo​ ​State.

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